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Que saudade eu estava de escrever! Parece trivial, mas ultimamente eu tenho falhado em pausar e curtir a minha própria companhia. E esta reflexão vem de uma pessoa que sempre levantou a bandeira para um estilo de vida com mais calma e propósito...ops, ninguém é perfeito né?
Este post não foi planejado (na verdade, a maioria não é hehe), e ao invés de encará-lo como aleatório, aqui vai um convite para interpretá-lo como um lembrete ou até mesmo uma chamada urgente para não se deixar influenciar com a correria de outras pessoas, nem com as demandas externas que brotam a toda hora. Eu duvido que você não tenha nenhum compromisso marcado pra dezembro, seja alguma confraternização, consulta de última hora ou simplesmente, fazer as compras de Natal...
Por mais cansada que eu esteja me sentindo neste final de ano, eu comecei a organizar a minha agenda em meados de outubro e combinei com meu parceiro quais seriam os nossos principais eventos e quem a gente precisaria encontrar até dezembro. No meu último podcast eu comentei que não adianta tentar encaixar todos os to-dos de 2024 dentro do último mês do ano, e eu continuo seguindo este mantra à risca pra poupar minha saúde física e mental.
Uma das técnicas que comentei pra reduzir o estresse do final de ano é falar não. Até aí é fácil falar não para coisas e pessoas chatas, não é mesmo?
Mas como nem tudo são flores, eu particularmente tive que falar não para coisas muito legais, e não foi fácil. Por incrível que pareça, eu acho que sou uma aquariana apegada haha Digo isso porque eu sinto a necessidade de pertencer, de agradar, e até mesmo de me sentir útil. Então imagina a loucura que é tentar equilibrar o cansaço com a vontade de participar de rolês? No meu caso, decidir qual dos meus negócios merecia mais, ou menos atenção? Aí que entra o apego porque sei que poderia ter resolvido estas questões há alguns anos com mais pragmatismo, e em 2024, inclui mais outras coisas nesta cesta gigante, sem ter removido nada dela. Embora nos investimentos há quem diga que é importante diversificar, sinto que na vida é preciso simplificar.
E aí que eu só fui perceber que nada estava mais fazendo sentindo porque estava apenas sobrevivendo, fazendo o mínimo para as coisas funcionarem. Mas qual a graça de fazer tudo mal feito? Longe de querer ser perfeccionista tá? A real é que eu não estava me sentindo bem entregando o mínimo, ao mesmo tempo que estava me privando horas de descanso e lazer. Ou seja, eu não estava entregando em nenhuma das pontas, não havia equilíbrio, nem a expectativa de que era um sacrifício temporário para um bem maior, sabe? Porque não sabia mais qual era o meu propósito ao fazer um pouco de NADA.
Você deve estar pensando...qual o pulo do gato? Como percebi que algo de errado não estava certo na minha vida?
Vamos lá, vai soar um pouco clichê, mas foi uma mistura de intuição com autoconhecimento. Eu fui me percebendo...me perguntando:
Isto faz sentido na minha vida?
O que eu ganho com isso?
Principalmente, o que eu perco com isso? O que eu perco se não fizer isso?
Digo intuição também porque no fundo a gente sabe né? Aquele projeto que você está fazendo no automático e não tem mais brilho nos olhos; aquele relacionamento que não te leva pra lugar nenhum; a sua rotina que embora traga recompensas imediatas, no longo prazo está afetando a sua saúde...
E por fim, o que me motivou a sentar em frente ao computador e escrever este texto foi a prática de Yoga que fiz hoje com uma professora que não conhecia. Foi uma aula diferente do que estava acostumada, não falei que também era instrutora, e me permiti estar presente. Foi no tapetinho de Yoga que caiu a ficha de que tudo (ou nada) depende apenas de mim. Que a vida é feita de escolhas, e que o tempo vai passar de qualquer jeito. A vida está acontecendo AGORA. Eu preciso estar bem comigo e ninguém mais. O relacionamento mais importante da nossa vida é com a gente mesma. É sobre isso.
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